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Buscando...?

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

N C O - IV


Compreender o Buddhadhamma é compreender a interdependência. O que não é nada fácil! Que o diga o ven. Ananda!
O Nobre Caminho Óctuplo, sendo a prática do Caminho por definição é, então, uma cadeia de fatores interdependentes que se alimentam e sustentam mutuamente.
É como se fosse um veículo com oito motores. Talvez não seja possível ligar os oito de uma vez. É preciso que um dê a partida, mas uma vez dada, os oito devem funcionar para que o veículo ande. Não é possível que haja movimento sem que todo o conjunto funcione...
No Caminho, me parece que, com alguma compreensão de um dos fatores, se esta for verdadeira, uma compreensão equivalente dos restantes deve ocorrer. É preciso sentir o conjunto clareando na mente e vivenciar a natureza de cada um dos fatores na prática, seja ela de que nível for.

Monges em Visita ao Brasil Pedem Apoio


“O budismo acredita que a vida é feita de sofrimento, mas o sofrimento sob as regras de uma ditadura não é natural.”

Frase do monge birmanês Ashin Nayaka Bikkhu em entrevista ao G1 durante sua visita ao Brasil com o objetivo de pedir o apoio do governo brasileiro à causa dos direitos humanos em seu país, especialmente ao embargo da venda de armas e à libertação de 2 mil presos políticos birmaneses, entre eles, a líder oposicionista Aung San Suu Kyi, Prêmio Nobel da Paz em 1991, cuja prisão domiciliar foi recentemente estendida por mais um ano.

domingo, 24 de agosto de 2008

N C O - III - Dukkha

Acho que é necessário falar de dukkha da forma como entendo.
O idioma Pali foi preservado nas escrituras do Buddhismo Theravada chamadas suttas. Os suttas são considerados como as palavras do Buddha e de seus principais discípulos. É o idioma mais próximo daquele falado pelo próprio Buddha.
Dukkha é uma palavra Pali cujo significado transmitido para nós pelos mestres é: "difícil de suportar". Dukkha é tudo que é difícil de suportar. Dor de cabeça, depressão, excesso de trabalho, desemprego, envelhecimento, doença, morte são associações imediatas a dukkha.
Mas isso é ainda um nível grosseiro. O entendimento pode e deve ir além disso. Pode-se dar passos importantes neste sentido a partir da reflexão sobre a característica inerente dos fenômenos psicofísicos de fluírem sempre rumo à insuportabilidade.
Estando sentado, é preciso levantar à medida que a postura vai se tornando difícil de suportar... E uma vez de pé, a evolução do processo é a mesma! E será a mesma para quaisquer processos físicos e/ou mentais que ocorram.
Sendo assim, começa a ficar claro porque "sofrimento" não é uma tradução plenamente satisfatória para dukkha.
Quantos níveis de dukkha pode-se perceber ao tomar uma taça de sorvete numa ensolarada tarde de fins de janeiro?!

N C O - II

A palavra "correto (a)" que compõe cada fator do Nobre Caminho Óctuplo, é carregada de conotações que podem nublar o entendimento, dificultando e retardando a compreensão precisa tão necessária ao desenvolvimento do Caminho. (eu constatei isso pessoalmente, pelo menos!)
Penso, então, que "correto (a)" deve ser entendido, principalmente, em relação ao objetivo final do Caminho, ou seja, à erradicação de dukkha.
De acordo com esse raciocínio, então, no Buddhadhamma e, especificamente, no Nobre Caminho Óctuplo, correto é aquilo que atua para a diminuição e erradicação de dukkha e, o seu oposto, aquilo que contribui para a manifestação e continuidade de dukkha.
Parece-me que, colocada nestes termos simples, esta definição ajuda a estabelecer bases firmes e seguras para todo processo de compreensão e prática que, deste ponto, tende naturalmente ao aprofundamento.

sábado, 23 de agosto de 2008

O Nobre Caminho Óctuplo

O Nobre Caminho Óctuplo é a completa expressão da prática Buddhista. Seu estudo resulta na compreensão integral da visão de mundo do Buddha e sua prática conduz à meta que é o propósito único atingido e apontado pelo Buddha: a erradicação de dukkha, traduzido de forma aceitável até certo ponto mas impreciso e incompleto, como sofrimento.
Todo o ensinamento converge sempre para o conhecimento e erradicação completos de dukkha e, logo, para o Nobre Caminho Óctuplo. Não há em todo o corpo da doutrina uma linha sequer que escape ao esquema do Nobre Caminho Óctuplo, tudo o que o Buddha ensinou, pode ser classificado num de seus oito fatores:
Visão Correta, Intenção Correta, Linguagem Correta, Ação Correta, Modo de Vida Correto, Esforço Correto, Atenção ou Vigilância Correta e Concentração Correta.
Sobre estes fatores farei algumas colocações de acordo com o meu entendimento oriundo de leitura, reflexão e alguma prática.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Começando


O Buddhismo não é uma coisa exótica. Ou, certamente, não deveria ser visto desta forma... É claro que há a questão cultural. Uma religião nascida e desenvolvida na Ásia por quase dois mil e seiscentos anos tem todo o clima de exotismo (para não asiáticos!) característico. Mas se formos buscar as mais antigas fontes Buddhistas existentes, veremos que não há nada de exótico no que o Buddha ensinou. O Buddha é extremamente claro, pragmático naquilo que ensina. Observe a sua mente, seu corpo, suas sensações e seus pensamentos e, de um conhecimento profundo que deverá surgir destas contemplações, realizar-se-á o cessar de todo sofrimento. Este é um resumo possível e bem fiel do que o Buddha ensinou. Tudo o que possa evocar exotismo vem depois, com o tempo e a cultura dos muitos povos que assumiram o método do Buddha como religião. E, muitas vezes, são exatamente estes aspectos que cativam a atenção das pessoas "daqui". Será por causa da nossa cultura da embalagem que despreza o conteúdo?

Speech by ReadSpeaker