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Buscando...?

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Aos Smurfs, Com Carinho

A borboleta sai do casulo. Que linda imagem! Um nobre momento que tanto tem a nos ensinar! Quantos power points já foram feitos, quantas metáforas foram percebidas! E a borboleta, após pousar para as encantadoras fotos, caso não tenha sido devorada viva por alguma pomba branca ou outro bucólico predador, pôs centenas de ovinhos de onde saíram larvas famintas a devastar pés de alface, de flores e outros verdes...
E os delicados beija-flores. Canso de vê-los em escandalosa agressão uns contra os outros por um arbusto ou uma garrafinha com água...
Aprendo com o buddhismo a ter uma visão cada vez mais integral dos fenômenos. Onde alguns veem um copo meio cheio e outros meio vazio, eu me esforço para ver um copo com água.
Nem pessimismo tolo nem otimismo bobo.
As coisas são o que são.
A tristeza, a frustração e o desânimo surgem, em grande parte, de ter visões iludidas do mundo. Crer que as coisas são algo mais, ou enxergar só aquilo que o nosso condicionamento momentâneo nos permite ver. Normalmente, percebemos o que nossos ignorados estados emocionais nos permitem ou engendram para nós. Ao reconhecer - ou ao menos fazer um esforço para isso - a natureza composta e incontrolavelmente inconstante de nosso ser, podemos podar os exageros que brotam do mundo que nossa percepção germina.
Sem tristeza, sem entusiasmo, sem ilusão.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A Rede

Dia desses eu entrei num blog de um pastor evangélico que falava sobre o buddhismo. Ele não era muito simpático nas colocações. Nem preciso... Parecia ter um conhecimento bastante limitado do que falava... Mas também há blogs que são só mais simpáticos. E escritos por declarados buddhistas.
A internet é uma maravilha por isso também! Total liberdade! Cabe a nós sabermos o que queremos.
E como buscar.
Hoje, uma diretriz básica deixada pelo Buddha é mais relevante que nunca: não creia a priori. E nem descreia! Investigue. Leia o quanto quiser, mas use a sua capacidade de discernimento e, se for o caso de querer se aproximar do buddhismo, experimente.
Uma dica para os leitores: quando uma idéia, ensinamento ou princípio aparece em mais de uma fonte, distintas umas das outras, é bastante provável que seja algo, vamos dizer, 'autêntico'. Nisso, estou sendo bem superficial. Há coisas que parecem bem diferentes mas que, com devida investigação e experiência, revelam-se variações apenas. Logo, o ideal mesmo é que você se empenhe!
O buddhismo, de certa forma, padece de ser, e por ser, considerado uma religião que se adapta, uma religião que absorve elementos culturais e se transforma. Nunca me adaptei (!!!) muito bem a essa consideração.
Por estar dedicando já a algum tempo parte do pouco que dele tenho ao buddhismo, venho pensando que talvez essa coisa de Buddhismo Tibetano, Buddhismo Zen, Buddhismo Theravada etc, a rigor, não exista! O que existe é um Tibetanismo Búddhico, Zenismo, Theravadismo... Os elementos culturais é que são transformados em Caminho. Comportamentos, hábitos, costumes são adaptados para que se tornem meios que conduzam ao despertar. Exatamente, aliás, como devemos, idealmente, fazer com nossas vidas quando buddhistas! Quem vê de fora não percebe essa sutileza, mas eu acho que é impossível para alguém que efetivamente conheça o buddhismo um pouco mais a fundo, discordar dessa minha colocação. Talvez, nem seja preciso aprofundar-se muito, visto que a mim parece ser algo bem claro! Uma expressão do mestre Buddhadasa (veja no 'mapas' aí do lado) caiu como uma bigorna em mim: "Eu aspiro ao Buddhayana!" Eu li isso e foi: BUMBA! Tanta diferença que li e ouvi e o cara me acerta com uma dessa!!?
Pois é, seja como for, viva a liberdade da rede! E quem sou eu para condenar, não é mesmo!!?
Saiba o que procura! E como procura! Não creia e sempre investigue! Inclusive a si mesmo! Tenha um pouco de clareza com respeito a se aquilo com o que você concorda e acha bom não é apenas algo que você quer achar bom mas que pouco ou nada tem a ver com o Dhamma do Buddha. Porque também tem isso...

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Hêee... Ô-hooo... Vida de Laico...

Eu que faço parte dessa massa que tem que tirar do suor do próprio rosto o seu sustento, preciso dar um jeito de encaixar o Nibbana neste drama!
A idéia que se tem de buddhismo, para muitos ainda é a do monge sentado em profunda meditação. Que certamente corresponde a parte da verdade.
Parte.
Por que o Buddha não negou instruções aos trabalhadores em seus ensinamentos mais antigos preservados, justamente os que ordenam a tradição considerada como a mais monástica!
Nós que duramente temos que caminhar, podemos, sim, levar uma vida Dhammica dentro dos preceitos mais antigos do buddhismo. Mas temos que demonstrar nossa coragem, à margem do que possa parecer.
Não é fácil conduzir a vida dhammica inserido em tanto ruído. Por outro lado, abundam oportunidades de exercitar os preceitos, as perfeições, a disciplina como um todo.
Nenhuma novidade, claro!
Paciência consigo próprio é fundamental quando o cansaço impede que sentemos para meditar.
A aflição de ter tanto para fazer e tão pouco tempo é um lembrete do que realmente importa na vida.
E as pessoas! Ah, as pessoas...! E o sistema! Ah, o sistema...!
Estar tão próximo da ignorância, efetivamente nos dá uma visão privilegiada da engrenagem e da ferrugem a lhe comer. E desse ponto de vista, seguir sempre fazendo o melhor que pudermos é uma provação, para as nossas ética e compaixão, do mais alto grau.

Speech by ReadSpeaker