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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

(o que dá para fazer)

De vez em quando alguém pergunta se nosso destino como praticantes laicos não seria só fazer o melhor possível para que numa próxima vida nasçamos como monges e, aí sim, podermos praticar e chegar lá! Lá no nibbana!
Pois eu poderia citar alguns trechos dos suttas em pali em que laicos chegaram lá! Mas aí poderiam dizer que são casos muito especiais de pessoas que tiveram vidas anteriores extraordinárias e tal e eu não poderia discutir porque me falta um monte de coisa. Dentre elas, competência. Mas digo sem medo que esse negócio de justificar aquilo com base em vidas anteriores é uma questão de fé e que, sendo assim, é possível ter fé na 'extraordinariedade' da vida anterior de qualquer um! Na minha, inclusive!! 
Pois bem, deixando de lado questões de fé, posso falar do que dá para fazer como laico:
- É possível ter consigo textos e mais textos de dhamma sempre que houver aquele tempinho entre uma inutilidade samsarica e outra. Se não em livros, há aparelhos diversos, com preços diversos que possibilitam carregar textos diversos, de suttas a tratados, em volume que qualquer ser humano leva tempo para ler (e mais tempo ainda para estudar!) além da conta. E que ajudam a ver o dhamma onde e quando parece não haver dhamma.
- É possível carregar, nos mesmos aparelhinhos, sons do dhamma: palestras, cânticos, aulas, e vídeos, para aqueles momentos em que a leitura cansar.
- É possível (talvez menos para alguns, preciso reconhecer) ir a um lugar isolado e silencioso (como o Buddha recomenda nos anapanasati e satipatthana suttas)  periodicamente e cultivar a mente/coração.
- É possível (com grau de esforço maior para alguns, mas sempre decrescente na medida em que se treina) manter a disciplina dos Cinco Preceitos, e até de maior número deles, por períodos consideráveis de tempo. Cada vez maiores na medida em que se treina.
- É possível entrar em retiro com relativa periodicidade e facilidade. Desde que se aceite que o lugar de retiro não precisa ser SEMPRE aquele templo ou centro que fica lá longe e custa caro e falta tempo e minha família resmunga prá caramba... O lugar de retiro, essencialmente, é aquele em que a gente se encara e com absoluta franqueza sabe que está fazendo o melhor para honrar o nome que gosta de se dar de "discípulo do Senhor Buddha".
- É possível ser atento e lembrar do dhamma naqueles momentos em que parece que o dhamma é outra coisa que não o aqui e agora (os BONS textos são extrementes eficazes em ajudar nisso!)
- É possível ter contato com professores de dhamma. Bom, pelo menos para quem estiver lendo este blog, o que significa que tem algum acesso à rede.
- É possível fazer alguma coisa pelo dhamma do Buddha dialogando, perguntando, incentivando, doando (não nece$$ariamente) tempo ou dom (traduções de textos são uma demanda constante!), participando e assim, quem sabe, acumular aquilo que muitos gostam de acumular que são os méritos kammicos!
- É possível ser uma pessoa boa.
-É possível, e imprescindível para a saúde psíquica (e a saúde psíquica é imprescindível para a boa prática do dhamma), ser corajosamente sincero consigo próprio.

Se eu lembrar coloco mais coisas. E sugestões são muitíssimo bem vindas!
Mas posso garantir, pois ouvi de fonte que eu respeito e não só eu, que muito monge não faz um tanto do que escrevi acima! 
E aí, se você for um dos que pensa que a vida atual de laico é, na melhor das hipóteses, passagem para uma futura de monge, e quer continuar acreditando nisso, tudo bem. Se não, tente praticar o que eu escrevi (ou alguma coisa, ao menos ou a mais) junto comigo, e se a sua vida não ganhar uma dimensão de qualidade que o satisfaça e que o encha de entusiasmo e convicção na possibilidade da paz efetiva aqui e agora, pode ser que deva partir para outra com as minhas bençãos (que não valem absolutamente nada mesmo!).

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

daqui de baixo


As minhas incursões pela superfície, por vezes rendem trapalhadas. Há muita côr, aparências, luzes, brilhos e reflexos. Por aqui, nas profundezas, é tudo mais claro. Nas sombras as cores esmorecem, as aparências transparecem, as superficialidades não tem sustentação. Mas o barulho por vezes é tão perturbador aí em cima que me atiça a natureza e acabo me arriscando.
Mas então me confundo. Fico realmente por fora.
É assim.
De tanta balbúrdia política, empolgado dei meus tropeços pelos caminhos enviezados e rumos emaranhados que, penso saber, não chegam a lugar algum. Não revelam nada. Nada além do que apreendo aqui embaixo.
Por mais que me capturem os olhos, pois minha queda é escrutinar, os encantamentos das variedades e nuances aí de cima, meu pensamento insiste, certamente por acostumado que está, em buscar o que a forma oculta, o que a casca encobre, o que a luz esconde. E me dano em apontar para as coisas que não interessam a ninguém daí, embora haja quem venha me bater à entrada da gruta! Quando me vejo, pois  o tempo que perco não olhando pra dentro logo me causa  falta, estou já todo enrolado! Aí sei que a hora é de me desembaraçar, desistir, esquecer, abandonar... Deixar que seja o que as coisas são, que vão como possam ir, e voltar para onde ando em paz, para onde respiro sem esquecer. Onde, quieto, aprendo das sombras.

***

Si surge algo desagradable, decimos: ‘¡Huye!’ Si alguien se cruza en nuestro camino, decimos: ‘¡Mátalo!’ Esta tendencia es a menudo evidente en cómo actúan nuestros gobiernos... Aterrador, ¿verdad?, cuando piensas en la clase de gente que gobierna nuestros países -porque todavía son muy ignorantes y no están iluminados. Pero así es como es. 

Se surge algo desagradável, dizemos, "Fuja!" Se alguém atravessa nosso caminho,  dizemos: "Matem-no!" Esta tendência é evidente na forma como agem os nossos governos... Aterrador, não é verdade, quando se pensa sobre o tipo de pessoas que governam os nossos países? Porque, em todo caso, eles são muito ignorantes e não  estão Despertos. Mas é assim que as coisas são. 

Do livro "Las Cuatro Verdades Nobles" de Ajahn Sumedho.
Publicado aqui em espanhol.

sábado, 24 de abril de 2010

meditar é preciso

O professor Ricardo Sasaki (Dhammacarya Dhanapala), fundador e diretor do Centro de Estudos Buddhistas Nalanda, estará em Portugal de 11 a 19 de maio de 2010 para palestras e retiro.
Que o dhamma antigo lá floresça!

  • 12 de maio (quarta): Palestra em Aveiro: “Entendendo a vida com profundidade”
Local: Aveiro, R. João de Mendonça, 31, 1º Esq. A.
mapa
Horário: 19h30 às 21h30
Telemóvel: 963473307
E-mail: yogaintegralaveiro@gmail.com
Contribuição
: €15
Informações e inscrições: nalanda@nalanda.org.br &
nalanda.pt@gmail.com – tlm 963473307 (de segunda a sábado das 16h às 19h ou envie sms p.f.)
  • 13 de maio (quinta): Palestra no Porto: “Karma e desequilíbrio”
Local: Espaço Open Rua Mota Pinto, 42F, sala 106, 4100-353 Porto
mapa
Horário: 19h30
Telemóvel: 918177258
E-mail: nalanda.pt@gmail.com & nalanda@nalanda.org.br
Contribuição: €15
Informações e inscrições: nalanda@nalanda.org.br &
nalanda.pt@gmail.com- tlm 918177258 (de segunda a sábado das 16h às 19h ou envie sms p.f.)
  • 14 a 16 de maio ~ Retiro: “Meditando entre amigos”:
Tema: Um fim-de-semana para conversar e praticar sobre a meditação da observação vigilante, presença benéfica e a amizade no caminho’, baseado em ensinamentos e passagens do Buddha e Aristóteles. Palestras, investigação e a prática meditativa (samatha-vipassana) num ambiente de reflexão, silêncio e tranquilidade. Tanto quem nunca meditou, como aqueles já com experiência são bem-vindos para este retiro.
Local: Casa de retiros Santa Paula Frassinetti, Rua do Colégio do Sardão, 365, Oliveira do Douro, Vila Nova de Gaia.
Chegada: Sexta dia 14, a partir das 17h00 (aconselhável, sobretudo para quem vier de longe); ou sábado às 8h30
Partida: Domingo à tarde.
Lembrete: No dia 14 de Maio, o Papa em sua visita a Portugal desloca-se ao Porto, onde celebrará às 10h 15m uma missa na Avenida dos Aliados, e sai de Portugal às 14h do aeroporto Francisco Sá Carneiro. Já não devem apanhar trânsito no percurso para Vila Nova de Gaia, no entanto é bom lembrar que é sexta-feira.
Condições: Quartos individuais, alguns com casa de banho a partilhar; refeições vegetarianas
Contribuição: €110 (inclui refeições e alojamento)
Informações e inscrições: nalanda@nalanda.org.br &
nalanda.pt@gmail.com - tlm 918177258 (de segunda a sábado das 16h às 19h ou envie sms p.f.)
  • 17 e 18 maio (segunda e terça): minicurso em Braga: “Introdução à Meditação Vipassana”
Temas: ¨Por que meditaçao?¨ ~ a meditação enquanto prática mais ampla | meditar para lembrar do mais importante | como não pode haver felicidade sem a atividade contemplativa | a essência de ver claramente de forma serena
Local: Rua D. Jorge Costa, nº 12, 5º dtº, 4715-289 S. Vítor- BragaContribuição: €35
Informações e inscrições:
cristinatai@gmail.com | nalanda.pt@gmail.com | nalanda@nalanda.org.br – tlm 91 105 80 54 (de segunda a sábado das 16h às 19h ou envie sms p.f.)
Nota: Por favor, leve uma almofada para se sentar e meditar.

Nota: Não tem realmente condição de colaborar com o sugerido para qualquer desses eventos devido ao custo ? Ou não pode colaborar com o valor total? Converse conosco. Acreditamos na importância de manter um equilíbrio saudável entre os custos dos eventos oferecidos e as condições financeiras daqueles que os recebem, sem nenhuma exploração de nenhuma das partes.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

liberdade além do sonho

É possível e, talvez, mesmo provável, que exista quem ainda ache que meditação é coisa de 'oriental' ou 'orientalizado', de preguiçoso ou de quem não tenha nada mais produtivo para fazer...
Não é para estes que eu dedico o vídeo a seguir, embora deseje que eles também possam se beneficiar!
O filme não é novo, mas só agora eu achei legendado em português. Evidencia o que todo buddhista deve saber: a contribuição original do Buddha para a humanidade vai muito além dos templos.
Eis a primeira parte. Continua a partir do link abaixo do vídeo.




http://www.youtube.com/watch?v=GxyFMHRazLY

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Retiro


Pessoas comprometidas com caminhos espirituais costumam aproveitar os feriadões para passar em retiros, afastados do mundo.
Falando como um buddhista, a vida que experienciamos, surgida das causas e condições que criamos impulsionados pela nossa ignorância, nem sempre corresponde (ou quase nunca?) àquela que desejamos. Há inúmeros motivos a nos impedir de ficarmos longe do mundo.
Há o retiro físico, quando nosso corpo está afastado e há o retiro mental. São complementares, um não substitui o outro. Idealmente devem estar sempre juntos.
Idealmente.
Acho que se a mente não acompanha o corpo num retiro, se ela fica vindo 'cá pra fora' insistentemente, isso não deve impedir ou desanimar o retirante. Da mesma forma, caso o corpo não possa 'ir' para um retiro, não é preciso deixar a mente 'solta no mundo', só curtindo o feriadão!
Podemos nos esforçar em manter a mente voltada para o caminho, podemos aproveitar o tempo extra que temos para contemplar, estudar, meditar. Podemos dirigir a mente à observação atenta dos efeitos de nossas ações e comportamentos, a influência da nossa mente, nossos hábitos e ações no ambiente que nos cerca e a influência que esse ambiente tem sobre nós. Um pouco livres de parte de nossas obrigações, podemos usar essa relativa tranquilidade para nos aprofundar nas nossas experiências cotidianas, afinal, é um momento em que temos um pouco mais de liberdade de escolha, podemos usar essa relativa liberdade em favor do espírito ao invés de focar na liberdade que não temos como desculpa para a indulgência e a preguiça.

Speech by ReadSpeaker