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terça-feira, 20 de julho de 2010

paccayata

Só dia desses é que comecei a ler atentamente a tradução de um texto que foi feita e enviada por um amigo de dhamma já há um bom tempo e a me lamentar por não ter começado antes.
O texto é sobre metta.
Logo no início há as condições que devemos buscar para uma prática efetiva de metta, a prática do amor tal como ensinado pelo Buddha, tanto em meditação formal quanto no que sobra daquilo que vivemos. Fala que contentamento é uma destas condições, uma das principais.
Uma mente que não sente contentamento, que acredita ser impossível comer um só, não está preparada para uma efetiva prática de metta. Por mais que o amor esteja no ar, entrando por nossos olhos e ouvidos o tempo todo, ele não mexe com a nossa cabeça de modo verdadeiramente benéfico. Acho que nunca antes na história dessa humanidade fomos tão bombardeados pelo amor e ainda assim tão necessitados dele. Ao menos daquele amor ensinado pelo Buddha.
O que estalou de imediato na minha cabeça foi a afirmação do Venerável Buddharakkhita que uma forma de auferir a sanidade de uma sociedade é saber o quanto de contentamento há nela. E todos devemos saber que contentamento seja talvez aquilo que o nosso modelo de civilização mais abomina.
Para que continuemos temos que querer sempre mais.
Um buddhista, ou qualquer pessoa que se interesse, precisa refletir sobre a relação que há entre este pavor do contentamento e matar pessoas e servir os pedaços para os cães.

Um comentário:

Alfredo disse...

Muito bonito o compasso com a voz do David Gilmour. Talvez ele seja um exemplo de contentamento autocentrado. Assisto ele desde os 17 anos, qdo ele tocava no coliseu em pompéia, olhando para o chão e totalmente centrado. Realmente ele não parecia querer aparecer além de sua musica. E bem sobreviveu a era do rock, parabéns a ele

abçs

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