A paz buddhista pode ser definida como aquilo que 'sobra' após ter-se eliminado o ruido.
Isso vai diretamente contra tudo o que conhecemos da vida e, talvez, seja um dos motivos pelos quais, em alguns momentos, possa existir uma sensação de cansaço, desânimo e até decepção com a convivência em grupos de dhamma.
Presenciar atritos, intrigas, orgulhos, vaidades pode ser algo bastante chato para alguém que idealize um ambiente de pessoas comprometidas com a busca pela paz... Mas esses comportamentos, nada mais são, em grande parte na minha opinião, resultantes dessa postura de querer acrescentar a paz a nossas vidas sem reconhecer que o que realmente nos impede de experimentar a paz buddhista é o próprio desejo de acréscimo! Queremos permanecer como somos e ter ainda mais!
Meu pai conta que quando era criança tomou muitos "cascudos" dos irmãos mais velhos quando ia ao "butiquim" comprar doces. É que ele ia lá, na maior alegria, mas abria o bocão na hora de entregar o dinheiro! Queria comer o doce e queria, também, ficar com o dinheiro! Aí, já viu! Sendo o mais novo de treze, toma tapas na orelha! Diz que não adiantava explicarem para ele... Ele simplesmente queria os dois!
É mais ou menos como fazemos. Queremos paz, felicidade, nibbana (nibbana eu não sei se todos queremos!) mas sem abrir mão daquilo que o Buddha ensina ser a causa principal para não experimentarmos essas coisas: o nosso ego. Que se manifesta, principalmente, por meio de nossos gostos, desgostos, opiniões, vaidades...
O Buddha explica e explica e explica... Mas nós não entendemos!
Vamos continuar tomando tapas na orelha!
Isso vai diretamente contra tudo o que conhecemos da vida e, talvez, seja um dos motivos pelos quais, em alguns momentos, possa existir uma sensação de cansaço, desânimo e até decepção com a convivência em grupos de dhamma.
Presenciar atritos, intrigas, orgulhos, vaidades pode ser algo bastante chato para alguém que idealize um ambiente de pessoas comprometidas com a busca pela paz... Mas esses comportamentos, nada mais são, em grande parte na minha opinião, resultantes dessa postura de querer acrescentar a paz a nossas vidas sem reconhecer que o que realmente nos impede de experimentar a paz buddhista é o próprio desejo de acréscimo! Queremos permanecer como somos e ter ainda mais!
Meu pai conta que quando era criança tomou muitos "cascudos" dos irmãos mais velhos quando ia ao "butiquim" comprar doces. É que ele ia lá, na maior alegria, mas abria o bocão na hora de entregar o dinheiro! Queria comer o doce e queria, também, ficar com o dinheiro! Aí, já viu! Sendo o mais novo de treze, toma tapas na orelha! Diz que não adiantava explicarem para ele... Ele simplesmente queria os dois!
É mais ou menos como fazemos. Queremos paz, felicidade, nibbana (nibbana eu não sei se todos queremos!) mas sem abrir mão daquilo que o Buddha ensina ser a causa principal para não experimentarmos essas coisas: o nosso ego. Que se manifesta, principalmente, por meio de nossos gostos, desgostos, opiniões, vaidades...
O Buddha explica e explica e explica... Mas nós não entendemos!
Vamos continuar tomando tapas na orelha!
2 comentários:
Este teu comentário faz vir à lembrança o triplice treinamento.
Esforço Correto. Como vc conta, os cascudos não resolvem, não corrigem nossa disposição por tudo querer. Então o esforço correto neste caminho de compreensão é um dos elementos imprescindíveis. E mesmo assim, "vamos continuar tomando tapas na orelha!"
Abs. Fátima
É, o desejo sempre presente de todos os lados. Mas, tb acho que falta arrojo de seguir o dhamma, ficamos achando que estamos errados ou em dúvida e a dúvida é o quinto obstaculo a ser superado.
abçs
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