Estamos vendo coisas terríveis acontecendo.
E tem gente ganhando dinheiro para dizer que a culpa é nossa, e tem gente ganhando dinheiro para dizer que a culpa não é nossa! O fato é que, com um pouco de bom senso e informação, podemos ver que há lixo demais, poluição demais, gente demais, consumo demais. O que fazer diante disso depende, como sempre, de cada um. Se tem solução eu , como muitos, não sei, mas faço o que acho que devo com base nas minhas próprias impressões da desgraça que se avoluma e que me cerca.
Meu estado natal, onde fica a cidade sede das olimpíadas de 2016 sofre, exatamente agora, os resultados que sempre vem de causas e condições.
O emaranhado é tão grande! As condições são tantas: irresponsabilidade, ganância, corrupção, ignorância, sobrevivência, descaso, negligência... E, estas, podem ser atribuídas a todos os envolvidos, em diferentes graus. Inegável é o fato de que aqueles que tem o poder devem se fazer mais senhores das condições. Deveriam exercer sua vontade para minimizar o descomunal sofrimento que surge de tais eventos e, num mundo sensato, evitar aqueles que for possível.
Não consigo abandonar o pensamento que ricocheteia na minha cabeça sem parar: com morros desabando, chuva caindo e não tendo mais para onde escorrer, a cidade afogada pelo caos, não houve uma pessoa capaz de imaginar que num local em que há casas construídas sobre um lixão haveria uma tragédia logo, logo? Houve, claro que houve! Há gente paga para isso! Mas a tragédia aconteceu. O Morro do Bumba, em Niterói, desabou sobre as pessoas que moravam nele.
Não consigo abandonar o pensamento que ricocheteia na minha cabeça sem parar: com morros desabando, chuva caindo e não tendo mais para onde escorrer, a cidade afogada pelo caos, não houve uma pessoa capaz de imaginar que num local em que há casas construídas sobre um lixão haveria uma tragédia logo, logo? Houve, claro que houve! Há gente paga para isso! Mas a tragédia aconteceu. O Morro do Bumba, em Niterói, desabou sobre as pessoas que moravam nele.
As pessoas constroem suas vidas sobre o lixo, sobre tobogãs de barro, em beira de precipício, umas sobre as outras. São causas de sofrimento quando estas construções são meramente metafóricas! Nós, Buddhistas deveríamos entender bem disso. O que dizer quando não são? Todos entendem. Todos veem. Todos sabem. Todos permitem.
Nós estamos vendo coisas terríveis acontecendo e vendo que coisas terríveis vão acontecer. Por que tem sido sempre assim. Nessas situações, sempre aparecem pessoas que falam em começar tudo de novo... Eu sempre torço para que não recomecem do mesmo jeito.
3 comentários:
É dificil né, no fundo tudo dava para ser menor, mas acaba sempre maior. Medite, abaixe os pensamentos, contemple. A pequena alegria que surja, trate-a bem
abçs
Não sei se há, mas deveria haver o quesito "Envergadura Moral da Administração" a ser avaliado pelo Comitê Olímpico Internacional a fim de escolher uma cidade sede de olimpíadas.
E fico pensando: teremos pela frente seis anos de desgraças sazonais e totalmente evitáveis até os jogos?!
Bon jour,
O problema que temos na sociedade hoje são principalmente dois: o excesso de pessoas e o excesso de pessoas medíocres. Junte esses dois e se dá o ingrediente pro desastre na terra.
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