não é o tempo que nos consome
é nossa vontade de parar o tempo
a ilusão de ter tanto para fazer
ver tanto propósito
mentir é o que nos consome
mentir que a morte não vem
mentir que há alguém para morrer
o esquecimento é o que nos consome
o sonho
imaginações e planos nos consomem
preocupações e pressas
construções e idéias
reformas
as formas é que nos consomem
formas atribuídas, não percebidas
os preços que cobramos por nós mesmos e os negócios feitos em nome de um sem fim
o fim não nos consome
é o início
o início que queremos dar a tudo
a sêde de chegar num ponto
um ponto em que possamos estar
livres de ser consumidos
seguros, firmemente enterrados no conforto que construímos pelo tempo a fora
mas não é assim
não é
Um comentário:
Fica claro que o Buddha falava de movimentos e não de coisas fixas, nunca houve nem haverá coisas. E causas e condições dão início ao movimento de surgir e cessar
abçs
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