e toda dor
vem do desejo
de não sentirmos dor
este, talvez, tenha sido meu primeiro contato com o ensinamento buddhista. no encarte do álbum consta que o renato russo tirou este e alguns outros de um livro buddhista que ele encontrara em um hotel. embora eu sempre tenha sido um tanto orientado, nos moldes do que cantava o gilberto gil, meu interesse se mantinha no tao te ching, no i ching, no kung-fu... talvez por algumas visões de gordinhos em pratinhos cheios de moedas eu nunca havia me interessado pelo Buddha.
e nem naquele tal contato me interessei. meu sistema imunológico preferiu outras partes da música. ouvia tudo é dor mas me deleitava era no o sol nasce para todos.
anos depois, durante o período em que frequentei um centro tibetano, o monge professor deu uma série de palestras baseadas em frases de uma outra canção do mesmo álbum: há tempos.
disciplina é liberdade
compaixão é fortaleza
ter bondade é ter coragem
muito boas. a canção e as palestras.
mas interessar-se pelo buddhismo é interessar-se pelo sofrimento.
o sol nasce para todos, causa queimaduras e câncer de pele.
se ficamos com o nascer do sol, perdemos. se ficamos com as queimaduras, perdemos também.
o buddhismo é o caminho que leva para onde o sol não nasce mais. nem a lua, nem as estrelas.
quando o sol bater na janela do teu quarto, lembra e vê que, mais cedo ou mais tarde, você vai ter problema...
mas interessar-se pelo buddhismo é interessar-se pelo sofrimento.
o sol nasce para todos, causa queimaduras e câncer de pele.
se ficamos com o nascer do sol, perdemos. se ficamos com as queimaduras, perdemos também.
o buddhismo é o caminho que leva para onde o sol não nasce mais. nem a lua, nem as estrelas.
quando o sol bater na janela do teu quarto, lembra e vê que, mais cedo ou mais tarde, você vai ter problema...
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