Mais uma manhã sobre a almofada.
Manhã de natal.
Moro num lugar em que as manhãs são sonoras. Pardais, pombos, bem-te-vis, galos, vários outros cantos e trinados, alguns latidos.
A natureza me diz que este é mais um amanhecer. E só.
Nada demais.
Sem fixação, me dizem os pássaros, não há nada de especial, só respire com atenção, nos ouça e nos deixe, estamos só sendo, como você, só respire atento ao ar que passa, ao momento que passa, deixe ir. Deixe-se ir, como inevitavelmente você vai, como nós vamos, como se vai tudo no espaço em que o seu corpo aflora, como se vai tudo no tempo em que sua mente cria.
Menos uma manhã.
Nada mais.
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