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Buscando...?

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Espelho, espelho meu...

Está tão claro quanto mais negro fica o horizonte que compartilhar um mundo que estimula, fomenta, cultiva, explora e se sustenta sobre desejos sensoriais é manter uma fonte sempre renovável de desgraças. Das mais variadas dimensões e proporções.
Mas então, por que nós nos ressentimos tanto de mexer com os nossos desejos? Por que sempre que o Buddha fala que o desejo (ta) precisa ser eliminado nós damos uma mexida no assento, coçamos a cabeça, olhamos para o lado...?
***
Chega a ser doloroso observar pessoas que acreditam que podem mudar outras pessoas. Podem passar uma vida nesta ilusão.
Criam uma imagem baseada nos próprios valores, ou pontos de vista, ou na própria auto imagem, ou até naquilo que gostariam de ser mas não conseguem, e passam a desejar que um outro torne-se isso! E eis que o tormento se desenrola, às vezes, ou quase sempre, maior para quem deseja!
É tão impossível mudar o outro quanto necessário, apesar de difícil, mudar a nós mesmos. Só nos resta esperar que um bom exemplo surta efeito...

***
Tão doloroso quanto, é observar aqueles que se dizem 'donos do seu destino'. Que afirmam, ou acreditam, que podem tudo! Vencer, vencer, vencer... Igual ao flamengo! Aí, é constrangedor observar suas expressões diante das vicissitudes e descontrole da vida...
A única forma de nos tornarmos donos do nosso destino é pela sábia desistência de possuir um destino.

Um comentário:

Alfredo disse...

Parece dificil ou estranho e diferente, más pq não tentar viver sem os desejos, as raivas e as ilusões.

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