O termo āsavā implica aquelas influências que corrompem enraizadas nos seres devido a hábitos saṃsāricos. Estes têm uma tendência de fluir e serem tentados em direção a sensorialidade, existência e ignorância.
Pode ser difícil entender por que a ignorância consta também como um tipo de āsavā (influxo), uma vez que é reconhecida como o primeiro elo na cadeia do surgimento dependente. A ignorância, ou ignorar é, efetivamente, um hábito. Há uma tendência nos seres saṃsāricos para tatear na escuridão e de aversão à luz. Eles têm a tendência de fechar os olhos à luz e a ignorar. Há facilidade para ignorar e esquecer. Este traço de esquecimento habilita-os a permanecer bastante tempo no saṃsāra.
mais um trecho do venerável ñanananda que faz pensar. faz refletir o primeiro raio de luz que o Buddha lança na escuridão do saṃsāra e em como pomos mãos sobre os olhos, fugimos, desviamos o olhar já desde aí.
talvez não fujamos imediatamente. talvez apenas mantenhamos os olhos semi-cerrados, semi-abertos para a primeira nobre verdade.
quando o Buddha diz que o sofrimento existe, quando abre todo o Seu ensinamento com este postulado, nós até aceitamos. concordamos com Ele: sim, o sofrimento existe. a luz começa a arder nos olhos a partir do momento em que o Buddha continua.
Ele declara taxativamente que só ensinou duas coisas, o sofrimento (dukkha) e seu fim. mas a análise que Ele faz do problema de dukkha, de sua gravidade e abrangência é muito forte, arde na nossa vista. então nos voltamos para aquilo que podemos suportar melhor: o fim do sofrimento. a ironia é que, eu acho, só suportamos esta segunda parte por que a mantemos na penumbra de nossa estupidez. pois o Buddha afirma que para resolvermos o problema precisamos compreendê-lo completamente.
mas se para o escuro fugimos...
apesar de tudo o que Buddha diz em seus discursos investigando e esclarecendo, iluminando o problema, nos mantemos nas sombras do medo de não podermos ser felizes se olharmos para onde a luz aponta, tateando em busca de abrigos que façam sombra, de filtros que nos protejam. temos predileção por aqueles ensinamentos enviesados que afirmam que 'não é bem assim', 'nem tudo é dor', 'a vida é bela' e por aí.
e o ciclo se mantém nutrido pela ignorância, como afirma o venerável acima.
quando o Buddha declara a primeira verdade Ele não quer que acreditemos nela. é uma hipótese de trabalho. algo que precisamos considerar. e devemos considerar porque temos um forte motivo: sabemos que a dor existe, no nível mais grosseiro nós já conhecemos a dor. o que o Buddha nos propõe então, dando continuidade aos ensinamentos, é que se queremos nos livrar da dor precisamos compreendê-la completamente. não deveríamos perder tempo nos escondendo sob questões inábeis do tipo 'como poderei ser feliz?'. algo que o Buddha nos propõe é 'experiencie em profundidade o que você crê que é o ser feliz agora'. só isso.
sem medo.
a primeira nobre verdade é o que ilumina, clareia todo o ensinamento, se permanecemos evitando encarar esta luz, buscando alternativas enganosas e falácias, seremos como sementes que até germinam mas por fim definham se não houver luz.
Pode ser difícil entender por que a ignorância consta também como um tipo de āsavā (influxo), uma vez que é reconhecida como o primeiro elo na cadeia do surgimento dependente. A ignorância, ou ignorar é, efetivamente, um hábito. Há uma tendência nos seres saṃsāricos para tatear na escuridão e de aversão à luz. Eles têm a tendência de fechar os olhos à luz e a ignorar. Há facilidade para ignorar e esquecer. Este traço de esquecimento habilita-os a permanecer bastante tempo no saṃsāra.
mais um trecho do venerável ñanananda que faz pensar. faz refletir o primeiro raio de luz que o Buddha lança na escuridão do saṃsāra e em como pomos mãos sobre os olhos, fugimos, desviamos o olhar já desde aí.
talvez não fujamos imediatamente. talvez apenas mantenhamos os olhos semi-cerrados, semi-abertos para a primeira nobre verdade.
quando o Buddha diz que o sofrimento existe, quando abre todo o Seu ensinamento com este postulado, nós até aceitamos. concordamos com Ele: sim, o sofrimento existe. a luz começa a arder nos olhos a partir do momento em que o Buddha continua.
Ele declara taxativamente que só ensinou duas coisas, o sofrimento (dukkha) e seu fim. mas a análise que Ele faz do problema de dukkha, de sua gravidade e abrangência é muito forte, arde na nossa vista. então nos voltamos para aquilo que podemos suportar melhor: o fim do sofrimento. a ironia é que, eu acho, só suportamos esta segunda parte por que a mantemos na penumbra de nossa estupidez. pois o Buddha afirma que para resolvermos o problema precisamos compreendê-lo completamente.
mas se para o escuro fugimos...
apesar de tudo o que Buddha diz em seus discursos investigando e esclarecendo, iluminando o problema, nos mantemos nas sombras do medo de não podermos ser felizes se olharmos para onde a luz aponta, tateando em busca de abrigos que façam sombra, de filtros que nos protejam. temos predileção por aqueles ensinamentos enviesados que afirmam que 'não é bem assim', 'nem tudo é dor', 'a vida é bela' e por aí.
e o ciclo se mantém nutrido pela ignorância, como afirma o venerável acima.
quando o Buddha declara a primeira verdade Ele não quer que acreditemos nela. é uma hipótese de trabalho. algo que precisamos considerar. e devemos considerar porque temos um forte motivo: sabemos que a dor existe, no nível mais grosseiro nós já conhecemos a dor. o que o Buddha nos propõe então, dando continuidade aos ensinamentos, é que se queremos nos livrar da dor precisamos compreendê-la completamente. não deveríamos perder tempo nos escondendo sob questões inábeis do tipo 'como poderei ser feliz?'. algo que o Buddha nos propõe é 'experiencie em profundidade o que você crê que é o ser feliz agora'. só isso.
sem medo.
a primeira nobre verdade é o que ilumina, clareia todo o ensinamento, se permanecemos evitando encarar esta luz, buscando alternativas enganosas e falácias, seremos como sementes que até germinam mas por fim definham se não houver luz.
The term āsavā implies those corrupting influences ingrained
in beings due to saṃsāric
habits. They have a tendency to flow in and tempt beings towards
sensuality, existence and ignorance.
It might be difficult to
understand why even ignorance is reckoned as a kind of influxes, while it is
recognized as the first link in the chain of dependent arising. Ignorance or
ignoring is itself a habit. There is a tendency in saṃsāric beings to grope in darkness and dislike light.
They have a tendency to blink at the light and ignore. It is easy to ignore and
forget. This forgetting trait enables them to linger long in saṃsāra.
Um comentário:
Pois então...ao trabalho. Por mais esta lembrança, obrigado! Fá
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