Os sete:
Este Dhamma é para aquele que é modesto, não para aquele que
quer o auto-engrandecimento. Este Dhamma é para aquele que está satisfeito, não
para aquele que está insatisfeito. Este Dhamma é para aquele que é isolado, não
para aquele que é enredado. Este Dhamma é para aquele cuja energia está
estimulada, não para aquele que é preguiçoso. Este Dhamma é para aquele cuja
atenção plena está estabelecida, não para aquele cuja atenção plena é confusa.
Este Dhamma é para aquele cuja mente está concentrada, não para aquele cuja
mente é desconcentrada. Este Dhamma é para aquele dotado de sabedoria, não para
aquele cuja sabedoria é fraca.
O oitavo:
Este Dhamma é para aquele que desfruta da não-proliferação
[conceitual], que se delicia com a não-proliferação, não para aquele que
desfruta e se delicia com a proliferação.
Proliferação conceitual é uma tradução para o termo pali, papañca. Termo chave no cânone antigo, há um livro maravilhoso, como acho que todos dele são, do Venerável Katukurunde Ñanananda sobre papañca e papañca-sañña-sankha.
Proliferação é, sendo simples e pragmático, dar corda ao pensamento, viajar. Viajar no pensamento é coisa às vezes bem vista na nossa mentalidade comum de seres amantes do viver (numa folha qualquer, eu desenho um sol amarelo...)
...e o futuro é uma astro nave...
Na disciplina do Buddha, o futuro não existe assim como o passado não mais. Tudo o que importa é o movediço ponto em que estamos entre dois extremos de escuridão.
Deleitar-se com o pensamento que levado pela ignorância segue a tatear por estes extremos escuros, compondo realidades a partir do que é verdadeiramente inexistente é um engodo.
Uma coisa que leva à outra, à outra e à outra pode levar a muita coisa interessante, mas não leva a nada.
O que temos é um coração que bate, um pulmão que se enche e esvazia, sentidos que nascem a cada contato e que, segundo o Buddha, é nossa mais valiosa fonte de aprendizado, nosso campo de pesquisa que, se conduzida conforme Ele ensinou, trará resultado não reproduzível nas nossas mais belas aquarelas...
Proliferação é, sendo simples e pragmático, dar corda ao pensamento, viajar. Viajar no pensamento é coisa às vezes bem vista na nossa mentalidade comum de seres amantes do viver (numa folha qualquer, eu desenho um sol amarelo...)
...e o futuro é uma astro nave...
Na disciplina do Buddha, o futuro não existe assim como o passado não mais. Tudo o que importa é o movediço ponto em que estamos entre dois extremos de escuridão.
Deleitar-se com o pensamento que levado pela ignorância segue a tatear por estes extremos escuros, compondo realidades a partir do que é verdadeiramente inexistente é um engodo.
Uma coisa que leva à outra, à outra e à outra pode levar a muita coisa interessante, mas não leva a nada.
O que temos é um coração que bate, um pulmão que se enche e esvazia, sentidos que nascem a cada contato e que, segundo o Buddha, é nossa mais valiosa fonte de aprendizado, nosso campo de pesquisa que, se conduzida conforme Ele ensinou, trará resultado não reproduzível nas nossas mais belas aquarelas...
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