a gente encarna neste assunto desde os tempos do Buddha e antes: o que eu fui? o que eu serei? eu fui ou não fui? serei ou não serei?
no que o Buddha replica: você sabe o que você é?
o Buddha nos diz que nossa visão da realidade é distorcida, equivocada, doente, iludida. e é com base nesta visão, é desta perspectiva presente, que nos pomos a questionar o que virá.
aconteceu, algumas vezes, ter de responder se eu acredito em reencarnação. como é que vai se explicar isso? vem aquela história de que não é bem reencarnação pois tudo muda e tal... mas no fim das contas fica a sensação de que não há muita diferença na diferença que um buddhista, com algum conhecimento de anatta, vê e aquilo sobre o que pergunta o curioso.
o fato é que pensamos num tipo ou outro de continuidade tão impossível de provar quanto a existência ou não de deus. e, na minha opinião, tão fútil quanto.
na última vez em que fui questionado respondi que sim, acredito em um tipo de continuidade, mas que sei que acredito e não acredito que sei.
seria muito mais produtivo tentar apresentar para a pessoa a natureza distorcida de nossa visão de mundo, falar que nestas bases em que nos sustentamos a pergunta é desinteressante e inútil, que antes de nos preocuparmos com este assunto há outros mais pertinentes para nos ocuparmos e buscar corrigir e compreender... mas não chegamos perto disso e já correram ou mudaram de assunto. o que interessa somente é saber se partilhamos em algum aspecto da estupidez da maioria. aí, no fim das contas, em nome de alguma coisa que fica entre o enfado e a convivência amigável a resposta acaba sendo sim, acredito, me passa aí um pedaço de bolo...
no que o Buddha replica: você sabe o que você é?
o Buddha nos diz que nossa visão da realidade é distorcida, equivocada, doente, iludida. e é com base nesta visão, é desta perspectiva presente, que nos pomos a questionar o que virá.
aconteceu, algumas vezes, ter de responder se eu acredito em reencarnação. como é que vai se explicar isso? vem aquela história de que não é bem reencarnação pois tudo muda e tal... mas no fim das contas fica a sensação de que não há muita diferença na diferença que um buddhista, com algum conhecimento de anatta, vê e aquilo sobre o que pergunta o curioso.
o fato é que pensamos num tipo ou outro de continuidade tão impossível de provar quanto a existência ou não de deus. e, na minha opinião, tão fútil quanto.
na última vez em que fui questionado respondi que sim, acredito em um tipo de continuidade, mas que sei que acredito e não acredito que sei.
seria muito mais produtivo tentar apresentar para a pessoa a natureza distorcida de nossa visão de mundo, falar que nestas bases em que nos sustentamos a pergunta é desinteressante e inútil, que antes de nos preocuparmos com este assunto há outros mais pertinentes para nos ocuparmos e buscar corrigir e compreender... mas não chegamos perto disso e já correram ou mudaram de assunto. o que interessa somente é saber se partilhamos em algum aspecto da estupidez da maioria. aí, no fim das contas, em nome de alguma coisa que fica entre o enfado e a convivência amigável a resposta acaba sendo sim, acredito, me passa aí um pedaço de bolo...
Um comentário:
Bom a saída pra mim nesses questionamentos tem sido a tangente fácil explicada no sutta (não lembro qual, mas sei que existe, preciso da ajuda do Professor Sasaki nessa):
Se existe outra vida, ótimo, pratique (evitar o mal, cultivar o bem e purificar a mente) que com certeza você colherá os frutos na próxima vida.
Se não existe outra vida, ótimo, pratique também que você já estará colhendo os frutos nessa vida.
Ou seja, embora instigante o debate de existir ou não outra vida, como você bem disse, o mais importante é deixado de lado nessas conversas.
Agora sobre existir ou não continuidade, isso pra mim é tão óbvio, basta observamos o mundo diante de nós e colocarmos de lado a pessoalidade. Idéias são transmitidas, ações servem de inspiração, genes são passados, grupos são formados, de modo que: "Aquilo que se faz em vida ecoa pela eternidade".
Sob o prisma de anatta, o renascimento é inegável. E pra mim anatta é de fácil percepção, não vemos porque insistimos em construir nossa "alma eterna", e nos esquecemos que se fôssemos deixados na selva quando bebês e criados por lobos estaríamos uivando com toda força nossa personalidade única de lobo.
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