...tudo bem, tédio também é sofrimento. o problema, talvez, é que na maioria das vezes é um sofrimento fraquinho, insuficiente para gerar alguma mudança significativa e sempre há os remédios clássicos: novidades excitantes competindo com o, digamos a verdade, inicialmente amargo Buddhadhamma.
mas do estou falando, afinal?
é que dia destes conversávamos, por cima, superficialmente, sobre a classe média e o buddhismo e, convenhamos, o grosso dos buddhistas por aqui está da média para cima. por razões lógicas e justas: mais cultura, mais viagens, mais acessos. e, também e lamentavelmente, por mais tédio. não sei como é ter tudo, ou muito, do que se quer, mas deve ser meio chato depois de uma meia vida...
aí, como o tédio me parece ser o que disse acima, acaba gerando a busca por uma espécie de buddhismo adocicado, um buddhismo prozac, um buddhismo smurf. um buddhismo que não consegue se impor, como solução, para aquilo que o shopping sempre pode aliviar, uma vez que esta é a função sagrada dos shoppings. um buddhismo que cativa pelo que tem de menos importante: cores, costumes culturais de lá e de acolá, concertos dos beach boys, entrevistas do richard geere, cabeças raspadas, trejeitos e palavras de sabedoria de um ou outro sábio e compassivo. enquanto a vida segue e aqueles aspectos que me parecem ser a razão fundamental do buddhismo vão para debaixo do tapete mágico. e os grupos se reunem sorridentes, sem forçar a barra, em seus voos razos.
a pior coisa que pode acontecer para um bon vivant é ele gostar de buddhismo. e muito pior isto é para o dhamma.
fazer o que? a vida é imperfeita.
mas não diga aos bon vivants do dhamma que a vida é imperfeita: depois que eles conheceram o dhamma, a vida tornou-se linda!
mas do estou falando, afinal?
é que dia destes conversávamos, por cima, superficialmente, sobre a classe média e o buddhismo e, convenhamos, o grosso dos buddhistas por aqui está da média para cima. por razões lógicas e justas: mais cultura, mais viagens, mais acessos. e, também e lamentavelmente, por mais tédio. não sei como é ter tudo, ou muito, do que se quer, mas deve ser meio chato depois de uma meia vida...
aí, como o tédio me parece ser o que disse acima, acaba gerando a busca por uma espécie de buddhismo adocicado, um buddhismo prozac, um buddhismo smurf. um buddhismo que não consegue se impor, como solução, para aquilo que o shopping sempre pode aliviar, uma vez que esta é a função sagrada dos shoppings. um buddhismo que cativa pelo que tem de menos importante: cores, costumes culturais de lá e de acolá, concertos dos beach boys, entrevistas do richard geere, cabeças raspadas, trejeitos e palavras de sabedoria de um ou outro sábio e compassivo. enquanto a vida segue e aqueles aspectos que me parecem ser a razão fundamental do buddhismo vão para debaixo do tapete mágico. e os grupos se reunem sorridentes, sem forçar a barra, em seus voos razos.
a pior coisa que pode acontecer para um bon vivant é ele gostar de buddhismo. e muito pior isto é para o dhamma.
fazer o que? a vida é imperfeita.
mas não diga aos bon vivants do dhamma que a vida é imperfeita: depois que eles conheceram o dhamma, a vida tornou-se linda!
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