
Fora isso, acho que quem afirma tais bobagens padece mesmo é de ignorância. Desconhece aquilo sobre o que está falando. E, hoje em dia, isso é um completo absurdo!
Há uma imensa quantidade de sites sobre as mais variadas tradições, em trocentos idiomas.
Por que falar bobagem?
No século passado, eu lia sobre o 'hinayana' e ficava aquilo na minha cabeça: "hinayana, hinayana... Como será esse tal de hinayana?" Naquele tempo os livros eram escassos, era uma peregrinação por sebos e livrarias, contato por carta... Outros tempos! Mas eu nunca acreditei muito naquelas histórias que eu lia. Ficava era mais curioso!
Hoje aqui estou, praticante do Theravada, o ramo mais antigo do buddhismo, aquele que preserva o conjunto de escrituras mais próximo histórica e geograficamente do próprio Buddha, um pacato cidadão, pai de família, industriário, um cara normal, nem erudito, nem asceta (ainda não fui para nenhuma caverna!) que colhe diariamente os benefícios da introspecção, da modesta horinha de meditação, do comportamento esforçado, da contemplação constante das verdades reveladas pelo Buddha e que acredita que o nibbana é uma meta tão desejável (e realizável!) hoje quanto era e tem sido por mais de dois mil e quinhentos anos!
E até escrevo num blog!
Como eu disse, sou apenas um pacato cidadão que resolveu colocar o seu grãozinho de areia no caminho para que outros saibam que, entre outras coisas, esse papo de erudição e ascetismo é uma furada e pode impedir muita gente, por um tempo pelo menos, de conhecer um caminho digno e, principalmente, plenamente possível de ser trilhado.