eu sabia dos seus problemas emocionais e/ou mentais já havia algum tempo. a gente sempre sabe dos problemas dos outros. raramente sabemos quando alguém faz o bem ou conquista algo bom ou tem algum outro sucesso na vida.
estavam sentados na salinha do café quando cheguei e conversavam sobre os problemas do filho de uma outra pessoa, problemas mentais semelhantes. e a conversa indo e disse:
"mas você está bem agora! o que você tem feito?"
querendo, claro, alguma ajuda para o filho, cujo problema parece que se agrava, querendo nome de remédio ou de médico ou do que pudesse aliviar, como fazemos quando estamos chegando perto do fim da linha. e a resposta, que me levou para dentro da conversa, foi:
"olha, com o que eu mais me dei bem foi com meditação!"
"qual medicação!?"
"meditação. me dei bem com a meditação!"
"ah!"
e eu entrei...
"que interessante!"
e falou sobre como a meditação ajudou e eu disse algumas coisas a respeito e a pessoa interessada não se interessou muito mais e foram precisando voltar para o trabalho e acabamos ficando só nós dois, os meditadores, conversando por mais um tempo.
fiquei então sabendo da gravidade do problema pelo qual passara, que envolvia alucinções visuais e auditivas, bipolaridade e desorientação temporal. não disse qual o diagnóstico mas me pareceu bastante grave. conheceu a meditação via um curso da turma do maharish maheshi yogui, acho que é assim que escreve.
mas o mais interessante para mim é que as coisas começaram realmente a lhe funcionar quando, segundo suas palavras, foi adaptando o que aprendera para o que eu identifiquei como uma aproximação ao vipassana. descreveu que sua rotina de prática se resume a manter-se atento ao que ocorre na mente. a começar quando acorda pela manhã, mais ou menos como disse: toma consciência de que acordou, toma consciência do corpo, dos sentidos, dos pensamentos. mantem-se atento durante o dia, ao perceber alguma alteração emocional, analisa, questiona, investiga, lembra de que respira e abre espaço entre si e o que acontece. ao deitar-se para dormir, mantem o foco até adormecer.
e assim, tornando-se um observador de si mesmo, está a cerca de um ano sem tomar medicamento.
sob controle.
e era tarja preta retinta.
foi um tempinho de bate-papo e meu primeiro contato pessoal com alguém, fora do círculo religioso, que ralatou benefícios advindos da meditação, e de uma forma de meditação bem próxima daquela ensinada pelo Buddha.
que bom.
estamos todos enlouquecendo ou apenas tomando consciência do quanto somos loucos?
será que está na moda ser meio doido ou simplesmente não temos saída a não ser enxergar o fato?
cabem outras perguntas.
sem resposta.
tente agendar uma consulta com um psicoalgumacoisa, só por curiosidade, acho que vai ser difícil um horário vago.
estavam sentados na salinha do café quando cheguei e conversavam sobre os problemas do filho de uma outra pessoa, problemas mentais semelhantes. e a conversa indo e disse:
"mas você está bem agora! o que você tem feito?"
querendo, claro, alguma ajuda para o filho, cujo problema parece que se agrava, querendo nome de remédio ou de médico ou do que pudesse aliviar, como fazemos quando estamos chegando perto do fim da linha. e a resposta, que me levou para dentro da conversa, foi:
"olha, com o que eu mais me dei bem foi com meditação!"
"qual medicação!?"
"meditação. me dei bem com a meditação!"
"ah!"
e eu entrei...
"que interessante!"
e falou sobre como a meditação ajudou e eu disse algumas coisas a respeito e a pessoa interessada não se interessou muito mais e foram precisando voltar para o trabalho e acabamos ficando só nós dois, os meditadores, conversando por mais um tempo.
fiquei então sabendo da gravidade do problema pelo qual passara, que envolvia alucinções visuais e auditivas, bipolaridade e desorientação temporal. não disse qual o diagnóstico mas me pareceu bastante grave. conheceu a meditação via um curso da turma do maharish maheshi yogui, acho que é assim que escreve.
mas o mais interessante para mim é que as coisas começaram realmente a lhe funcionar quando, segundo suas palavras, foi adaptando o que aprendera para o que eu identifiquei como uma aproximação ao vipassana. descreveu que sua rotina de prática se resume a manter-se atento ao que ocorre na mente. a começar quando acorda pela manhã, mais ou menos como disse: toma consciência de que acordou, toma consciência do corpo, dos sentidos, dos pensamentos. mantem-se atento durante o dia, ao perceber alguma alteração emocional, analisa, questiona, investiga, lembra de que respira e abre espaço entre si e o que acontece. ao deitar-se para dormir, mantem o foco até adormecer.
e assim, tornando-se um observador de si mesmo, está a cerca de um ano sem tomar medicamento.
sob controle.
e era tarja preta retinta.
foi um tempinho de bate-papo e meu primeiro contato pessoal com alguém, fora do círculo religioso, que ralatou benefícios advindos da meditação, e de uma forma de meditação bem próxima daquela ensinada pelo Buddha.
que bom.
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estamos todos enlouquecendo ou apenas tomando consciência do quanto somos loucos?
será que está na moda ser meio doido ou simplesmente não temos saída a não ser enxergar o fato?
cabem outras perguntas.
sem resposta.
tente agendar uma consulta com um psicoalgumacoisa, só por curiosidade, acho que vai ser difícil um horário vago.
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