dukkhinha, sofrendo os primeiros tempos da adolescência, ficou até tarde da noite conversando com amigos. inevitável a comparação com minha temporada nesta infernal época da vida...
outra tecnologia, menos presente.
menos conexão, mais solidão.
até tarde eu ficava sozinho ruminando os acontecimentos. quando nestas horas "conversava" era com kafka, camus, alan moore, bukowski, machado, drummond, frank miller, pessoa, angeli... meus melhores amigos.
o que será dessa gente nova? essa gente que não sabe ficar só... ou não consegue, ou não se permite, ou não experimenta? essa gente nova a quem é negada a solidão. como serão...?
o samsara é moto contínuo.
meus diálogos de então e os de hoje, da geração de dukkhinha, mantém a roda girando. simples assim.
o que determina o surgimento da visão de que a única solução é o cessar do giro desta roda é um mistério insondável para mim...
quiçá haverá kafkas, camus, bukowskis, machados, drummonds, conversando noite afora pelos whatsapps...
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