A matéria de capa da revista superinteressante deste mês é 'Como Lidar Com A Tristeza'. A chamada diz o seguinte:
"Vivemos tempos de prosperidade, mas nunca tanta gente esteve tão deprimida. Afinal, o que está acontecendo conosco? Por que estamos tão tristes?"
Não sei.
E ainda não li a matéria.
Mas no meu trabalho ela se confirma. Só no meu grupo, de aproximadamente 120 pessoas, no momento, três casos de transtorno psico-emocional, um com afastamento, outro com pedido de demissão.
Com o terceiro caso eu conversava outro dia.
Sei que enquanto ouvia dos sintomas da depressão, do transtorno, da grande dor de uma solidão que esmaga o peito e apavora, das crises de choro e mergulho numa tristeza dolorida, das histórias da vida, das possíveis causas e traumas, talvez por ter em mente o frescor das palavras recém lidas e constantemente contempladas do Venerável +Bhante Katukurunde Ñanananda, experimentei um tipo de esvaziamento proporcionado por uma pacificadora sensação de igualdade de condições, de estar no mesmo barco furado, de se saber seguro de nada, de se contemplar como um fluxo turbulento de causas e condições incontroláveis.
Neste flash de esvaziamento uma amostra de paz, neste relâmpago uma compaixão assustadora e uma impotência diante da urgência de fazer algo.
Mas não soube o que fazer.
Nenhum conselho, nenhum abraço, nenhuma esperança ofereci.
Só olho no olho, alguns resmungos, um meneio de cabeça.
E, no final, sorrimos.
"Vivemos tempos de prosperidade, mas nunca tanta gente esteve tão deprimida. Afinal, o que está acontecendo conosco? Por que estamos tão tristes?"
Não sei.
E ainda não li a matéria.
Mas no meu trabalho ela se confirma. Só no meu grupo, de aproximadamente 120 pessoas, no momento, três casos de transtorno psico-emocional, um com afastamento, outro com pedido de demissão.
Com o terceiro caso eu conversava outro dia.
Sei que enquanto ouvia dos sintomas da depressão, do transtorno, da grande dor de uma solidão que esmaga o peito e apavora, das crises de choro e mergulho numa tristeza dolorida, das histórias da vida, das possíveis causas e traumas, talvez por ter em mente o frescor das palavras recém lidas e constantemente contempladas do Venerável +Bhante Katukurunde Ñanananda, experimentei um tipo de esvaziamento proporcionado por uma pacificadora sensação de igualdade de condições, de estar no mesmo barco furado, de se saber seguro de nada, de se contemplar como um fluxo turbulento de causas e condições incontroláveis.
Neste flash de esvaziamento uma amostra de paz, neste relâmpago uma compaixão assustadora e uma impotência diante da urgência de fazer algo.
Mas não soube o que fazer.
Nenhum conselho, nenhum abraço, nenhuma esperança ofereci.
Só olho no olho, alguns resmungos, um meneio de cabeça.
E, no final, sorrimos.
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