numa sala de reunião em que se trata com enorme seriedade de assuntos relativos ao continuar do giro do mundo com cada um interessado em manter seu próprio mundo girando há dhamma.
no meu corpo o desconforto: eu respiro, se inspiro eu preciso inspirar, e vice-versa, todo o tempo. minhas pernas, minha coluna, minhas nádegas, meu pescoço, meus ouvidos, meus olhos, por trás deles sempre presente uma vontade de não querer ser dor.
inútil.
e cada mudança de postura é fruto da esperança desta elucubração que não quer ser desconforto.
inútil.
o mundo gira. e cada mundo ao meu redor naquela sala.
um movimento neste, outro naquele, um sispiro leve, outro mais profundo, outro coça a cebeça: todos em tentativas vãs de deixar de ser desconforto, o desconforto do giro do mundo. somos todos iguais, pobres diabos, bolotas de deterioração.
numa sala de reunião em que se trata com enorme seriedade de assuntos relativos ao continuar do giro do mundo com cada um interessado em manter seu próprio mundo girando há dhamma.
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