um bom amigo tem se interessado por buddhismo e meditação, variando a ordem dos interesses. tem lido e pesquisado na rede e diz inclusive que descobriu este blog googlando em busca de dhamma por aí. gostei!
ele está, como a maioria de nós, entre o nosso lar e a vida sem lar.
caminha.
numa conversa recente me dizia que "assunto espinhoso este de anattā! esta coisa no buddhismo é que é difícil, hein?". percebo que o rapaz tem bons olhos, já vi e vejo de gente mais adiante na senda afirmar que 'é só desapegar, é só não ter apego...'
só, olha só.
o venerável bhante katukurunde ñanananda diz em algum dos sermões sobre nibbāna que realizar anattā é, em si mesmo, o nibbāna.
que bom que seja fácil para alguns. que bom que haja alguns capazes de ver e reconhecer os espinhos. anattā, anicca e dukkha não são visões ou crenças a se adotar, são experiências a se ter. primeiro estudamos, lemos e compreendemos; comparamos esta compreensão com o mundo que conhecemos em seus aspectos interno e externo e decidimos se vale a pena continuar aprofundando as percepções que surgirem.
se somos sinceros, talvez este estudo comece a vir de encontro ao rumo que naturalmente temos mantido na vida, me parece que é neste momento que devemos abrir bem os olhos para sinceramente ver que não é fácil ou se está sendo fácil demais.
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