"O pior cego é o que quer ver."
Millôr Fernandes
"Tanto antes como agora, o sofrimento e sua cessação eu proclamo."
O Buddha
O Buddha ensinou só duas coisas. Coisas que não queremos ver.
Uma, o sofrimento, a palavra original é dukkha. O consenso é que 'sofrimento' não é uma tradução perfeita, com o que eu concordo. Já fui quase convencido de que não é a menos ruim, mas por hora acho que é sim a menos ruim. Volto a isso num outro dia.
Evidente que não queremos ver o sofrimento, não queremos envelhecer, adoecer, morrer, perder, sofrer.
Evidente que não queremos ver o sofrimento, não queremos envelhecer, adoecer, morrer, perder, sofrer.
A outra coisa que o Buddha ensinou, a cessação do sofrimento, também não queremos ver. Parece que queremos, mas acho que não. Já estive na presença de gente que 'só queria que essa dor passasse', mas aí é no fim, no extremo, quando não há mais o que fazer. Na maior parte das vezes, enquanto há o que fazer, o que queremos é substituir dor por outra coisa.
Pela cessação, pelo apagamento, pelo nibbāna talvez leve tempo para nos interessarmos.
Enquanto isso vamos tateando, cegos por ver demais, vendo o Dhamma do Buddha como queremos ver.
Pela cessação, pelo apagamento, pelo nibbāna talvez leve tempo para nos interessarmos.
Enquanto isso vamos tateando, cegos por ver demais, vendo o Dhamma do Buddha como queremos ver.
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